Processos emotivos que envolvem intensidade têm acordos tácitos assim. E não voltaremos a falar sobre o assunto ‒ pactuamos sem contrato, Lu Barcelos e eu. Permanecerá intimamente guardado tudo o que foi compartilhado nos dias de trabalho, no
Estúdio Chocolate Fotografias, em Goiânia, quando mantivemos contato com aqueles corpos
tatuados, almas derramadas na nossa frente.
Gente que transborda ensina sobre as Humanidades. Aprendi então que Corpo Papel será uma possibilidade permanente de acesso à busca pelo Amor e pela plenitude, nos caminhos diversos que esta deliciosa insanidade vai tomando ao longo de nossas vidas. Porque além da tinta incrustada na pele, existe uma conexão indelével, encorajadora, emudecedora, que explica, subliminarmente, o aquecimento que sinto no peito quando penso sobre Carlos Yahoo, Jordano Rezende, Thais Freitas, Sara Bahia, Lara Vaz e Ana Paula Mota, Lucas Sharaya, Tati Almeida, Naya Violeta, Renata Barros, Carol Pfrimer, Munik Arlitel e Ana Rodarte, Dhu Brito, Alê Ribeiro, Glenda Borges, Diego Veríssimo, Tanieli Moraes e Isadora Magalhães.
Gente que transborda ensina sobre as Humanidades. Aprendi então que Corpo Papel será uma possibilidade permanente de acesso à busca pelo Amor e pela plenitude, nos caminhos diversos que esta deliciosa insanidade vai tomando ao longo de nossas vidas. Porque além da tinta incrustada na pele, existe uma conexão indelével, encorajadora, emudecedora, que explica, subliminarmente, o aquecimento que sinto no peito quando penso sobre Carlos Yahoo, Jordano Rezende, Thais Freitas, Sara Bahia, Lara Vaz e Ana Paula Mota, Lucas Sharaya, Tati Almeida, Naya Violeta, Renata Barros, Carol Pfrimer, Munik Arlitel e Ana Rodarte, Dhu Brito, Alê Ribeiro, Glenda Borges, Diego Veríssimo, Tanieli Moraes e Isadora Magalhães.
Coisa linda é ver a obra assim transformada:
um gratificante exercício de desapego e de respeito pelo outro. Obrigada, Lu. Agradeço a todo mundo, cada um, cada uma que tornou possível esta ousadia.
Lu Barcelos e Tati Almeida no mano a mano e eu ali de butuca cutucando. Foto: Larissa Mundim |
Cerca de 300 aprendizes do Programa Jovem Cidadão da Fundação
Pró-Cerrado visitam a exposição Corpo Papel, de Lu Barcelos, na Potrich
Galeria, em Goiânia, até 21 de março. Em sua primeira
individual, a fotógrafa Lu Barcelos se desafia no registro das Humanidades, apresentando
retratos de 10 das 21 pessoas tatuadas com textos do livro Sem Palavras, durante três happenings,
realizados pelo Coletivo Esfinge, com a participação de oito tatuadores. Corpo
Papel conta com o apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura.
“Corpo Papel é uma oportunidade de reflexão sobre a discriminação, a
partir da opção pela tatuagem, do corpo enquanto território de manifestação e
como a arte contemporânea pode ser apropriada pelo cidadão comum”, comenta a
professora Rosângela Rodrigues, Coordenadora Educacional do Programa. Segundo
ela, muitos dos jovens convidados para o passeio-aula vão visitar uma galeria
de arte pela primeira vez.
As visitas se iniciaram na semana passada. Os aprendizes que têm visita agendada na Potrich Galeria integram o
programa de inclusão social que já atendeu a cerca de 80 mil famílias, em quase
20 anos, em todas as regiões do Brasil, por meio da Rede Pró-Aprendiz. Voltado
para a geração de renda, o combate à violência e o combate à evasão escolar, o
Jovem Cidadão utiliza uma metodologia educacional própria chamada MEMO, que
busca a formação integral do jovem.
Fotos: Larissa Mundim |
Diário de bordo
por Larissa Mundim
Nega & Lilu não chegaram a conhecer juntas o Pará, mas planejaram do começo ao fim experimentar a atmosfera do lugar, cores e cheiros, sons e sabores. E Belém se tornou, naturalmente, parte do circuito de intervenções Mensagem na Garrafa, simbolicamente deixado para o apagar das luzes, pra evocar e provocar emoções amadurecidas.
Na Praça da República, em frente ao Teatro da Paz, a mensagem das meninas foi afixada no espaço onde se instala anualmente um encontro do sagrado e do profano, a Festa da Chiquita, que integra a programação do Círio de Nazaré, uma das agendas religiosas mais importantes do Brasil.
Ainda ali na Praça, caminhando em sentido contrário, sempre está alguém que tem encontro marcado às 5 horas, na Avenida Central. Delatada pelo punhal, pensei: "Lá vai mais uma a fim de matar o Amor." rsrs
Enquanto desço a Avenida Presidente Vargas obcecada pelo reencontro com o entorno do Mercado Ver-o-peso, vou confirmando íntimas relações entre a capital paraense e o Rio de Janeiro. Regida por sensações apenas eu poderia jurar que aquela era uma experimentação própria da Física Quântica.
Pra manter contato visual com a Bahia do Guajará, me deixei atrair pela rota sonora do tecnobrega, até desembocar no Forte do Presépio. Como quem sempre busca novos caminhos para chegar ao mesmo lugar.
No borboletário do Mangal das Garças, as meninas também deixaram uma mensagem de amor e paz, festejada por centenas de Dryas julia. Tudo tão leve quanto efêmero.
E, finalmente, diante do trecho urbanizado do Rio Guamá, um pedido sincero de licença poética anti-ambiental para o cumprimento literal de uma missão romântica.
Mais info: http://negalilu.blogspot.com.br/p/mensagem-na-garrafa_28.html
por Larissa Mundim
Nega & Lilu não chegaram a conhecer juntas o Pará, mas planejaram do começo ao fim experimentar a atmosfera do lugar, cores e cheiros, sons e sabores. E Belém se tornou, naturalmente, parte do circuito de intervenções Mensagem na Garrafa, simbolicamente deixado para o apagar das luzes, pra evocar e provocar emoções amadurecidas.
Na Praça da República, em frente ao Teatro da Paz, a mensagem das meninas foi afixada no espaço onde se instala anualmente um encontro do sagrado e do profano, a Festa da Chiquita, que integra a programação do Círio de Nazaré, uma das agendas religiosas mais importantes do Brasil.
Ainda ali na Praça, caminhando em sentido contrário, sempre está alguém que tem encontro marcado às 5 horas, na Avenida Central. Delatada pelo punhal, pensei: "Lá vai mais uma a fim de matar o Amor." rsrs
Enquanto desço a Avenida Presidente Vargas obcecada pelo reencontro com o entorno do Mercado Ver-o-peso, vou confirmando íntimas relações entre a capital paraense e o Rio de Janeiro. Regida por sensações apenas eu poderia jurar que aquela era uma experimentação própria da Física Quântica.
Pra manter contato visual com a Bahia do Guajará, me deixei atrair pela rota sonora do tecnobrega, até desembocar no Forte do Presépio. Como quem sempre busca novos caminhos para chegar ao mesmo lugar.
Intervenção e fotos: Larissa Mundim |
No borboletário do Mangal das Garças, as meninas também deixaram uma mensagem de amor e paz, festejada por centenas de Dryas julia. Tudo tão leve quanto efêmero.
E, finalmente, diante do trecho urbanizado do Rio Guamá, um pedido sincero de licença poética anti-ambiental para o cumprimento literal de uma missão romântica.
Mais info: http://negalilu.blogspot.com.br/p/mensagem-na-garrafa_28.html
Brisa Marin era um híbrido donjuanesco de xamã com Felícia naquela noite. Absolutamente irresistível,
no chat com Laura Passing, refletia sobre a magia do eterno para além da
duração das relações. Intuitiva e tomada pela certeza do por vir, previu que as
duas conheceriam a velhice juntas, contidas uma na outra por obra do Amor que
não cabe na carne e se guarda na alma.
Especialista em dizer coisas lindas, Lilu manifestou afeto
punk naquele 11 de abril, subsidiando a Nega para a criação de um texto tão
histérico quanto poético, com potencial óbvio de ser transferido daquela
conversa para o conto Sem Palavras. E
ele se fez mensagem na garrafa com pequena adaptação do conteúdo original, no ato
final da primeira ação de street art,
promovida pelo Coletivo Esfinge, com colaboração do artista Mateus Dutra.
Ritualisticamente levado para Belém do Pará pela autora, o
texto é o vigésimo terceiro a circular por capitais brasileiras e outras
cidades do mundo, num circuito oficial que agora declaramos encerrado, mas não
obstruído, podendo ser ampliado sempre que houver alguém indo para algum lugar
e querendo levar as meninas.
Bahia do Guajará
Mala roxa
Tô aqui
Sem red bull
Sem rabada
3,2,1... T
Coração acelerado
Brinde quebra gelo
Coração acelerado
Brinde quebra gelo
Kings of Convenience
Mixxxta
Xis
Xis
Café longo
Fofoca italiana
Pele exposta ao sol
Rio de Janeiro feelings
Anexo do Ver-o-peso
Bar do Alan
Bar do Alan
Cerveja light
Eletrobrega
Eletrobrega
Dancinha da barriga de fora
Dancinha de costas
Dancinha de costas
Registro do registro
Muros para Machado
Bancos públicos
Da Paz
Vento forte
Deus me perdoe: só jambu
Hora da chuva
Vento forte
Deus me perdoe: só jambu
Hora da chuva
Bilhete no sutiã
Pastelzinho de pato
Beijo no banheiro
Pastelzinho de pato
Beijo no banheiro
Dancinha de esperar taxi
Silêncio
Chico César
Chico César
Constelação
Cangote
Ô meu pai
Joelho ralado
Lágrimas
Bombom do Pará
Extravasar!
Bombom do Pará
Extravasar!
Massagem nas costas
Massagem na cabeça
Massagem nos pés
Massagem na cabeça
Massagem nos pés
4 da manhã
Huuum huuum huuum
Perguntas sem respostas
Leitura
Leitura
Joaquim gente boa
Protetor solar
Arara azul
Mangostão com as borboletas
Olho de coruja
Iguana espiã
Protetor solar
Arara azul
Mangostão com as borboletas
Olho de coruja
Iguana espiã
Cerveja Tijuca
Dancinha comprovante
Rio Guamá
Dancinha comprovante
Rio Guamá
Licença poética anti-ambiental
Atraso do voo :-)
Avião decolando
Avião decolando
Contrariando a mim mesma, eu
diria que sim, ainda há como alcançá-las. É que aprendi a voltar atrás com
orgulho. Em comum com Juscelino Kubistchek, não tenho compromisso
com o erro.
Nos limites da vida, nada está
perdido e nunca é tarde. Mas esta é, realmente, a sua última chance de
alcançá-las assim, em retirada. Elas são Nega & Lilu, cuja existência e
co-existência têm íntimas relações com o Amor e a busca da plenitude, numa perspectiva
pós-moderna.
Urgentes, instantâneas, efêmeras,
finitas, as meninas estão em fuga porque é no deslocamento de tempo e de espaço
que se encontram, que se atraem e se repelem, mantendo tênue conexão suficiente
para nutrir a emoção indelével gravada na memória e na epiderme.
Este é um convite para que você
esteja com a gente no picnic, que é a sétima e derradeira performance da série
A Fuga, realizado pelo Coletivo Esfinge, num domingo, sob a luz mais bonita do
dia.
Recém-chegada do Pará, vejo muitas
toalhas coloridas, espalhadas no campo verde desalinhado, amalgamadas pela
vibração que circula entre as pessoas diversas que nos emprestaram seu talento,
que se fizeram presente, que nos apoiaram e se apoiaram na gente.
Vai ser bonito. Vamos soltar pipa
e estaremos vestidos com a fantasia que expressar de forma mais verdadeira o
que estivermos sentindo no dia, na hora, no momento. Por isso, não se prepare
com antecedência. A certeza é tão passageira. E venha celebrar o que estiver
rolando no instante em que os seus olhos se cruzarem com os meus e um perfume
qualquer nos transportar no tempo e uma brisa despentear nossos cabelos e o
coração bater silencioso, confortando espíritos claustrofóbicos, afagando a
pele e fazendo arrepiar, sem que haja uma conclusão, sem que o fim seja
institucionalizado, para que estejamos abertos, porosos, atentos, em busca.
Queremos celebrar. Vem!
Agora é a fotógrafa Layza Vasconcelos quem lança o olhar sobre o espetáculo Nega Lilu, apresentado no dia 9 de março, no Teatro Goiânia, integrando a programação do Projeto Elas por Elas.
A sétima performance da Nega Lilu Cia de Dança, que tem Valeska Gonçalves como coreógrafa, é marco de uma decisão importante: a ausência, na cena, da autora do conto Sem Palavras, que originou este duo contemporâneo de Dança.
Diferente das apresentações anteriores, Larissa Mundim não surge ao final para a esperada escrita nos corpos. O tempo agiu sobre a obra.
; )
Mais info: http://negalilu.blogspot.com.br/p/danca.html