...
Um comentário sobre a
essência da vida e a plenitude do Amor inspira o duo de dança Nega Lilu, que tem única apresentação prevista para 30 de março, às 21 horas, no Teatro Sesi Goiânia. O espetáculo integra a programação do Congresso Regional de Artes
Cênicas, realizado pela FETEG - Federação de Teatro do Estado de Goiás.
Coreografado por Valeska Gonçalves e montado com apoi da Lei Municipal de Incentivo à Cultura,
o espetáculo de estilo contemporâneo é uma ação do Projeto Esfinge, um coletivo de
obras artísticas que comentam, transformam e difundem o conto Sem Palavras, de autoria da jornalista
Larissa Mundim.
Na
concepção de seu primeiro espetáculo, Valeska Gonçalves propôs a materialização
de estados emocionais que rondam a breve história romântica de Nega e Lilu. A
movimentação concebida pela coreógrafa, que é bailarina da Quasar Cia de Dança,
valoriza as sutilezas concentradas em detalhes, a riqueza dos signos gravados
no corpo (como lembranças ou tatuagens), mantendo contato com a narrativa do
conto Sem Palavras sem,
necessariamente, cumprir o papel de contá-lo ou recontá-lo.
“Não
trabalhamos definindo quem é a Nega e quem é Lilu na história, nosso desafio
foi buscar aproximação do universo de sentimentos que atravessam um grande
amor”, esclarece a coreógrafa. Em cena, o espetáculo traz contornos da
individualidade do ser humano em relacionamentos a dois, a três e, como em todo
envolvimento afetivo que tem momentos de distanciamento e de sintonia, Nega e
Lilu na dança chegam a ocupar o mesmo corpo.
O
processo criativo do espetáculo de 50 minutos teve base no conteúdo de domínio
da autora do conto Sem Palavras.
Trabalhando de forma coletiva e autônoma, a equipe buscou detalhes pessoais de
Nega e Lilu, fazendo observação do comportamento das personagens de ficção no
contato com o outro. “Saber como elas se vestem e como se divertem, conhecer a
forma como sentem o amor foi fundamental para trazer humanidade para o
trabalho”, lembra Flora Maria, bailarina que integra o elenco ao lado de
Valeska Gonçalves.
Cenário
A
obra literária que deu origem ao espetáculo é evocada na cenografia proposta
pelo artista plástico Mateus Dutra, trazendo para o palco fragmentos do conto Sem Palavras. Apropriado pela caligrafia
do cenógrafo, o texto ganha status
imagético, torna-se desenho, e tem sua matriz semiológica modificada, ao mesmo tempo
em que tem sua semântica enriquecida, originando um novo produto artístico que
orienta os espaços para a movimentação das bailarinas.
O desenho de luz, na
concepção do reconhecido coreógrafo Henrique Rodovalho (Quasar Cia de Dança),
dialoga com o cenário, tecendo sutis comentários. Recursos alternativos de
iluminação de cena, com luminárias diversas, também criam ambiência narrativa.
“Toda a concepção do espetáculo ganha um toque de intimidade”, diz Rodovalho.
O figurino concebido
por Ana Christina da Rocha Lima tem cores sólidas que contrastam com a pele
exposta. Determinante na construção do estado das personagens, contém elementos
que remetem à doçura e à sedução presentes na estética pin up. “A
provocação é sempre o texto”, reflete Ana Christina. O figurino veste também paixão incandescente e a
dor lancinante da separação, com a elegância que é própria da história em sua
origem.
Para definir a trilha
sonora do espetáculo, Valeska Gonçalves teve como fonte inicial de pesquisa as
canções que marcaram os momentos de intimidade de Nega e Lilu. No processo
seletivo da montagem coreográfica, emergiram Orlando Silva, Benito de Paula,
Mart’nália, entre outros, que se juntaram a Depeche Mode, Adele, The Puppini Sisters, numa sequência pop e eclética.
O espetáculo de dança Nega Lilu é uma ação
do Projeto Esfinge, um coletivo de obras, nas diversas linguagens artísticas,
que comentam, transformam e difundem o conto Sem Palavras, escrito pela jornalista Larissa Mundim. Iniciado em
janeiro de 2011, o projeto tem abrangência nacional e internacional, com desenvolvimento
também no campo das artes visuais, fotografia, audiovisual, body art,
literatura e design. Todas as ações do Projeto Esfinge estão detalhadas em www.negalilu.blogspot.com .
![]() |
Fotos: Lu Barcelos |
Este vídeo integra uma ação do Coletivo Esfinge chamada Mantra. Mais info: http://www.negalilu.com.br/p/liluuuuuuuuuu.html ...
Rogo (Ronan Gonçalves) amarra Nega e Lilu (Flora Maria e Valeska Gonçalves) O material escolhido são as páginas encardidas do livro de outro tempo Não coercitiva, a amaração de Rogo é um convite ao exercício da fuga Plena como Joana d'Arc A sereia de Hans Christian Andersen começa a perda irreversível da cauda A amarração começa a ser desfeita e ninguém sabe o...
Diferente do trabalho feito por Exú e pela Pomba-Gira, as amarrações do artista plástico Ronan Gonçaves permitem que o sujeito envolvido em material diverso se solte a qualquer momento. Inclusive enquanto é atado, constituindo assim um ato não coercitivo, pelo contrário, um ensaio de fuga. A primeira parte é a intervenção do artista, mas a performance se consuma à medida que a pessoa...
Costumo dizer que leitores e leitoras têm seus motivos para saber sobre as coisas que sabem. E na semana que passou, instigadas por Sem Palavras, pessoas anônimas ‒ e nem tanto ‒ travaram curiosa discussão, que teve início com suposições sobre o “estado civil” da Nega, mas desembocou no candomblé. “A Nega ama a Lilu que ela mesma criou na ficção. De fato...
Toda a cidade me lembra você de Laura Passing <negadeneve@gmail.com> para Brisa Marin <lilucajuina@gmail.com> data 25 de março de 2010 14:39 assunto Toda a cidade me lembra você enviado por gmail.com Tenho um oco. Tenho um eco. Tum-tum-tum. Beijo. Sua Nega. Pintura mural de Ebert Calaça ...
Na semana em que foi rondada pela morte, em sonho, a Nega fez porra nenhuma ‒ dia e noite ‒ depois de descobrir que estava viva. Alimentou a preguiça, curtiu a gula e acumulou pelo menos quatro pecados capitais sem sentir culpa. Em isolamento absoluto, cobriu os espelhos da casa, tapou os ouvidos com protetores siliconados translúcidos, tirou toda a roupa do corpo...
(...) 00:51 eu: eu te quero muito, de um jeito que não imaginava de um jeito não idealizado de um jeito natural como andar de bike sem as mãos 00:52 como comer goiaba no pé 00:53 como ser de um jeito meu e só e de repente: tum-tum-tum Brisa: maravilhoso...
Eu não sou poeta A Nega diria.Apenas digocoisas que todos fazemmas não dizem.Veja bem:Eles não viramas nuvens por forade fora dos espessospesos.Presos. ...
23:32 Brisa: Oi, minha Nega 23:33 Queria te dizer que hoje, mesmo não podendo beijar e abraçar... achei tudo de bom ficar pertinho eu: oi foi bom mesmo 23:53 Brisa: fazia um tempinho... te ver entrar, cabelos molhados... huuuummmm eu: rs 23:55 o que vc dizia hoje sobre os dedos verdes que eu havia mencionado? não entendi ...
Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE Continuar Lendo