Lençois molhados
sábado, abril 07, 2012
A
experiência nas práticas sexuais safistas associada à malemolência da capoeira
de angola era toda de Lilu, com preferência explícita para peitos e paus. Neguinha
era adolescente na parada. Seu maior predicado na cama era a capacidade de
aprender, vivenciar e inovar, com generosidade e delicadeza. E entregou-se à
flor de cajueiro porque, pela primeira vez, quis dar mais prazer do que
receber.
Especialista
em sutilezas, a Nega extraia matrizes do toque que tivesse receptividade para
experimentações de novos carinhos, buscando níveis cada vez mais profundos de
intimidade. Olores, odores, o cultivo da libido aflorada, o estímulo à luxúria
enquanto pecado maior, a afirmação do ato de infidelidade em curso.
E com o
passar dos meses, se instalou a brutal consciência de que o despertar da
sexualidade latente tanto traria Lilu para a relação quanto a motivaria para
outras. Com mulheres e homens. Mais pra Nega era mais pra todos. Fome loka. Sensação de poder.
Havia
muito mais do que sexo entre as meninas, mas desidratar na cama aproximou Nega
e Lilu para além do desejado, botando em risco os planos de saudável vadiagem.
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