Corpo Papel 2 - Happening
sexta-feira, abril 13, 2012cliqui aqui para ampliar |
Por meio da body art, ou arte do corpo/arte corporal, o artista utiliza a si próprio como suporte para expressar suas ideias. O corpo é encarado em sua materialidade (sangue, suor, química e física do corpo), como um vasto campo de possibilidades criativas: tatuagens, maquiagens, escarificações, travestimento etc. Vale toda e qualquer iniciativa capaz de modificar o corpo.
Em alguns casos, a body
art pode assumir o papel de ritual ou apresentação pública, aproximando-se
de outras formas de manifestações conceituais artísticas, como o
happening e a performance. Outras vezes, sua comunicação com o
público se dá através de documentação. E é assim, por meio de documentação
fotográfica e audiovisual, que o projeto Corpo Papel do Coletivo Esfinge
se configura.
No entendimento dos colaboradores
do Coletivo Esfinge ‒ mais de 50 artistas em diversas partes do mundo ‒, esta
ação de body art amplia, no território
simbólico, as possibilidades de comentário, transformação e difusão do conto
Sem Palavras à medida que propõe o habitat do coração e da alma
como suporte para a obra que já não se dirige unicamente aos olhos do
observador, mas a todos os seus sentidos.
Nesse contexto, o projeto
Corpo Papel promove dois tipos de registro da obra: a tatuagem, que grava
o texto na pele, e a fotografia, capaz de capturar os sentidos da pessoa
tatuada, que se torna veículo de difusão. E o registro deste “novo estado” será
feito em portraits (retratos) da fotógrafa Lu Barcelos (nome artístico da
proponente) que, na segunda etapa do projeto, estarão expostos em galeria de
arte.
Até o momento, seis pessoas já integram o grupo de
colaboradores tatuados, no happening realizado no último dia 20 de janeiro de
2012. Na semana que vem, em 17 de abril, outras sete pessoas se manifestam cedendo seus corpos para, entre outras tantas coisas no universo pessoal, circular a obra.
Assim como outras ações do
Coletivo Esfinge, o projeto Corpo Papel vai possibilitar novas rupturas
de barreiras entre a ficção e a realidade, com base poética, tendo em vista que
o ato de fotografar o corpo tatuado (transformado em veículo de informação),
consiste em um exercício de metalinguística, porque busca contar uma história
dentro da história, porque busca registrar uma imagem contida de uma imagem
(tatuagem dos textos), concedendo a esta imagem um outro status, num
processo que modifica sua matriz semiológica e enriquece sua semântica.
Ficha técnica
Ficha técnica
Direção: Coletivo Esfinge
Coordenação: Lu Barcelos
Coordenação: Lu Barcelos
Produção: Nat Mundim
Texto: Larissa Mundim (fragmentos do conto “Sem
Palavras”)
Fotografia: Lu Barcelos
Audiovisual: Alyne Fratari e Edinardo
Lucas
Design: Paulo Batista
Colaboradores:
Ana Paula Mota
Carlos Yahoo
Jordano Rezende
Lara Vaz
Freitas
Sara Bahia
Ana Rodarte
Carolina Pfrimer
Lucas Sharaya
Munick Arlitel
Naya Violeta
Renata Barros
Tatuadores:
Jander RodriguesPaula Dame des Chats
Ramon Santamaria
Rejane Olig
Virgínia Burlesque
Wilson JuniorVirgínia Burlesque
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