Leitura Dramática: mode on

quarta-feira, novembro 06, 2013

Ao ser convidada para a leitura dramática de Sem Palavras, a atriz Ana Cristina Evangelista demonstrou interesse inicial na experiência de encenar uma nova personagem. É que nos últimos anos, como integrante do Grupo Teatro Zabriskie, ela vem se dedicando à linguagem Clown, em trabalhos mais direcionados ao público infanto-juvenil. Mas este foi apenas um primeiro lampejo.

Eu disse a ela que não conseguia pensar noutra profissional mais adequada para o trabalho. Fui sincera, achando que o apelo também pudesse ser convincente mas, segundo ela − que alega não ser vaidosa −, a declaração influenciou bem pouco na decisão de aceitar o que eu havia proposto e de colaborar com o projeto ao ponto de redimensioná-lo diante do potencial identificado. 

As razões de Ana Cristina Evangelista passam pela possibilidade de contarmos com a direção da cena pelo ator e dramaturgo Alexandre Augusto, também do Teatro Zabriskie. Ainda sensibilizou a atriz, que é pouco afeita à cultura cibernética, a oportunidade de revelar subtextos possivelmente contidos no conteúdo consolidado nos chats e e-mails trocados pela personagens de Sem Palavras, Laura Passing (Nega) e Brisa Marin (Lilu). Dessa forma, ela aponta outros caminhos para a conquista do leitor, estimulando a afetividade pela história, ampliando o acesso a partir da simplicidade.


Fotos: WA Imagem
Nesta primeira edição do projeto, o público presente à FNAC Goiânia manteve contato com textos escritos por Larissa Mundim e Valentina Prado na etapa em que Nega e Lilu vivenciam a sedução, o encantamento da paixão, as delícias do encontro amoroso, os primeiros planos para o futuro da relação. 

Para além do texto contido na correspondência das meninas, a leitura dramática levou à audiência outros conteúdos originais do livro, que se apresentam ao leitor nos anexos dos e-mails, como fotos, músicas, vídeos, criando ambiência para o universo literário ao mesmo tempo em que materializam a obra. 




Nesta primeira experiência "kamikaze", como classifica a Ana Cristina, assumimos o risco de rodar o show em tempo real. Porque Sem Palavras tem muito de instantaneidade, o que confere coerência ao trabalho artístico (e produz adrenalina!). Somente uma primeira execução nos prepararia para o aprimoramento de detalhes técnicos. 

A ideia é realizarmos outras leituras dramáticas, em formato semelhante, atentos aos resultados que podem dar origem à montagem de um espetáculo que seja um monólogo disfarçado. Já sabemos que as pessoas são capazes de se divertir.




Porque não temos certeza pra onde é que estamos seguindo é que garantimos o registro fotográfico e audiovisual, com parceiros da WA Imagem, Balacobaco e Tá na Lata Filmes. Certo mesmo é dizer que Sem Palavras continua dando frutos, validando o tripé conceitual que nos move: comentar, transformar e difundir.

Outras parcerias importantes para a realização da leitura dramática são o Café Coreto, que cuidou do figurino, e o Armazém da Decoração, responsável pela cenografia.




Após a encenação, nos colocamos à disposição do público para um bate papo que revela tanto o interesse quanto a timidez do leitor, aparentemente disposto a ouvir o que a autora tem a dizer, mas contido em reflexões mais íntimas. 

Fiz ontem um breve histórico da produção do texto do livro, comentei um ou dois aspectos técnicos que me atraem na obra como escritora e leitura, confirmei meu fascínio e comprometimento com a ideia, num projeto literário que tem a despretensão como grande motivadora. E sigo disponível. 

Em breve, haverá outra oportunidade de exploração e promoção de Sem Palavras, que fica à venda na FNAC, inicialmente, por mais duas semanas. 

Em Goiânia, o livro também pode ser adquirido no Café Coreto (Setor Marista) e nas três lojas do Armazém do Livro (Centro, Setor Bueno e Setor Nova Suíça). Quem preferir receber em casa, pode comprar pelo site www.negalilu.com.br . 



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