O blog NEGA LILU existe desde 3 de janeiro de 2011 e, desde
então, a gente faz um post desejoso
de bom ano, logo após o natal. Como a parceria criativa com Paulo Batista vem, com estímulos, ganhando autonomia século 21 adentro, este ano ele fez a direção de arte e cuidei do resto. Esta solidão criativa, em certo nível, é minha companheira desde que
foi finalizada a coprodução de Sem
Palavras (Nega Lilu Editora), com Valentina Prado. Historicamente, ela foi
a primeira colaboradora do Coletivo Esfinge.
Isso pra dizer que o post
programado para desejar um Ano Novo esperançoso e racional pereceu, antes mesmo
de vir a público. Este sentimento já havia me ocorrido, em outras ocasiões, imediatamente
após a publicação de conteúdos, mas não com essa voracidade. Assunto pra se
levar pra psicoterapia. Ou seja, rs, tanto o texto quanto a foto, feitos em
Alto Paraíso, na Chapada dos Veadeiros, na semana passada, foram impactados pela obsolescência e deixaram
de representar nosso clima de passagem de 2014 (ano complexo) para 2015 (um
borrão no horizonte).
Entendo que, depois de minha estada em São Jorge — que emprestou
seu dragão por três dias —, aprecio aquele trabalho (o post de fim de ano) como conteúdo coerente, mas
distante, embora esteja de acordo com a obra, no estágio em que se apresenta. (Espero
que duas conjunções adversativas contundentes na mesma sentença mantenham seu
papel gramatical de esclarecimento.)
Porque o Jardim de Maytrea é hipnotizante, porque Téia
existe, pelos cristais que encontramos em caminhos que trilhamos conversando
sobre a vida simples, considerando a dilatação do tempo naquele lugar, a
possibilidade das pessoas dispensarem sobrenomes, as funções vitais em
alta performance, chuva que não molha, crianças e cães à vontade, wi-fi rolando
como o ar e a água. E finalmente, porque o ano que se encerra para abrir o nosso verão de novo é
aquele em que se trouxe a público meu segundo livro, e isso também conta. haha
PS: apesar de tudo, os votos para 2015 estão mantidos.
: ))