Movimento de translação iniciado - Última parte

segunda-feira, outubro 26, 2015

O texto literário foi ganhando mais fluência fevereiro de 2011 adentro, com a publicação das primeiras hipóteses e, depois, confirmação de hipóteses sobre Lilu e sobre a Nega também. Escrevi o calvário de Laura Passing expiando a dor, sem a colaboração de Valentina Prado. Apostei naquele exercício imaginativo do futuro, definindo o porvir como se eu cavalgasse vetores e fosse gestora das forças do universo.

Dessa série de hipóteses, um de meus textos favoritos é  Confirmação das hipóteses 4 e 8 sobre Lilu.

Entre as séries publicadas no blog, destaque também para o episódio em que a Nega engole Lilu e para o melancólico cárcere do cajueiro colossal.

A despeito dos avanços no ritmo de produção e na qualidade dos textos, o blog continuava com baixíssima audiência. A identidade preservada da autora e a pequena exposição daquele conteúdo, de alguma forma, me garantia liberdade para uma escrita desprendida, sem pedúnculos.

Tudo soava como se eu estivesse pensando em voz alta ou tateando nua e desenvolta em frente ao leitor, atenta aos rumos indicados por sussurros.

Para além de cumprir o papel de laboratório literário e de primeiro suporte para publicação do romance Sem Palavras, a proposta editoral que se firmou fez do blog Nega Lilu um espaço independente para aporte de conteúdo de ficção relacionado ao universo de Nega & Lilu, anterior e posterior ao período que origina a história contada no livro. Como a solitária narrativa de Laura Passing (Nega) em busca de bálsamo para tristeza, depois que Brisa Marin (Lilu) desconectou-se daquela relação. Registra ainda momentos marcantes (que se tornaram subliminares por terem ficado de fora do livro) da convivência entre as personagens. O Nega Lilu também foi criado para cumprir a função de registrar e repercutir o desenvolvimento processual dos trabalhos do Coletivo Esfinge.

Decretei fim do período de incubação do blog em 19 de fevereiro de 2011 e o jornalista Rodrigo Oliveira, um de meus maiores incentivadores, comemorou. Razoavelmente satisfeita com a qualidade do conteúdo ali disponível, para além do esforço criativo permanente, eu precisava buscar formas de divulgação. E confesso que só pensava nisso. Os amigos me acharam insuportável.



Nos últimos quatro post intitulados Movimento de translação iniciado, compartilho com o leitor o conteúdo do primeiro capítulo do livro Operação Kamikaze, que tem lançamento marcado para 6 de novembro, em Goiânia. 




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