Prezado Paulo Jobim

quarta-feira, julho 03, 2013

Sophie Calle, Rodrigo Grota, Nando Reis, Ernest Kirchner são alguns dos artistas mencionados por Nega & Lilu no livro Sem Palavras, à medida que o envolvimento entre as meninas vai dando vazão ao desejo de expressão. Porque além de imagens e textos próprios, elas se apropriam do que Marcel Duchamp chamou, há exatos 100 anos, de ready-made: um conteúdo já pronto, pré-existente, que pode sofrer requalificação ao ser deslocado de seu contexto original.

Acessados pela primeira vez ou revisitados pelas personagens, num processo natural de troca de referências, os ready-mades contidos em Sem Palavras são adaptados à história em curso, concedem a ela matéria. E são como alegorias muitas vezes ressignificadas por Laura Passing e Brisa Marin, enquanto tocam o novo a partir da (re)descoberta do Amor inflamado pela paixão e pelo sexo, num encontro condenado à rápida queima.

Sendo assim,  o Coletivo Esfinge inicia hoje uma ação prevista em 2010, durante a escrita do livro, quando a autora desejou levar Sem Palavras ao conhecimento das pessoas que tiveram seus trabalhos mencionados nos chats e e-mails trocados por Nega & Lilu e que, portanto, compõem esta obra de ficção atravessada por elementos reais, transitando na borda ao submeter as meninas ao papel de equilibristas concentradas e tensas no fio do que ainda haverá para se descobrir. (em citação à Brisa Marin)

A primeira correspondência foi postada hoje, para Paulo Jobim, presidente do Instituto Antonio Carlos Jobim.




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