A minha coleção

sexta-feira, dezembro 20, 2013

O romance de ficção Sem Palavras, de Larissa Mundim e Valentina Prado, é um projeto despretensioso enquanto obra literária, apesar de ousado. O que existe de mais importante em torno de sua publicação é o compromisso firmado com a ideia de contar uma história. Foi assim que dei início à conversa com o público presente ao Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília, no dia 17 de dezembro de 2013, para o lançamento nacional do livro, representado pela Nega Lilu Editora.

Minutos antes, a Nega Lilu Cia de Dança havia apresentado o espetáculo Nega Lilu, a convite do Festival Internacional da Nova Dança, dirigido por Giovane Aguiar, que também incluiu na programação a agenda literária. No bate papo, dividi a fala com a bailarina e coreógrafa Valeska Gonçalves, que teve acesso à obra para a concepção do duo contemporâneo no qual ela divide a cena com a bailarina Flora Maria.




Expliquei que o conto era o primeiro ponto de partida para a escrita do romance, uma história dentro de outra história. Mas aquela que é mais curta acaba primeiro e continua existindo o universo do entorno que a inspira, habitado por Laura Passing e Brisa Marin (Nega e Lilu, respectivamente), autoras de conteúdo autoficcional baseado em estímulo positivista. Só lendo Sem Palavras pra entender melhor... Mas diante de todas as artimanhas técnicas e estéticas para se criar um obra atual como esta, o que importa mesmo é o Amor. Eu disse isso várias vezes de diversas formas, em Brasília.




Para o público que prestigiava a primeira palestra sobre o livro "fora de casa", eu confirmei que a história de Nega & Lilu é dedicada a todos que têm interesse na temática mais recorrente de todos os tempos. Aquela que movimenta as pessoas mais do que dinheiro, que indica rumos na vida de todos nós, que nos leva ao inferno e ao céu. É só o Amor.


Fotos: João Vasconcelos
Aproveitando a oportunidade, também contei pras pessoas que estavam mantendo contato inicial com a obra  sobre a existência do Coletivo Esfinge, este grupo de mais de 100 pessoas que, em todo o mundo, protagonizam ações que comentam, transformam e difundem a história das meninas, nas Artes Visuais, Artes Cênicas, Audiovisual e também na Literatura. Sempre me esforço para compartilhar com as pessoas o meu entendimento de que Sem Palavras é mais do que um livro e que, inversamente, toda a produção artística, que o tem como fonte criativa, resultante do trabalho coletivo nas outras linguagens artísticas também é Literatura, num contexto de bordas tensionadas e rompidas.

Convidei todo mundo à leitura de meu primeiro livro que passei a chamar, naquele dia mesmo, de coleção de sutilezas. Você também é meu convidado.












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