A ocupação da Casa das Rosas

terça-feira, agosto 19, 2014

Quarta-feira memorável, o 13 de agosto.
Chuva e vento frio, lentidão na Avenida Paulista. Foi preciso mais do que determinação para chegar até a Casa das Rosas para o lançamento do livro Sem Palavras (Nega Lilu Editora).

Os razoavelmente atentos, mas desavisados, teríam encontrado pistas de Nega & Lilu logo na entrada. Ou talvez notassem, na saída, a romântica intervenção Mensagem na Garrafa ao atravessar o sombrio roseiral.

Foto: Larissa Mundim


Produção audiovisual do projeto Corpo Papel ganhou exibição na varanda, se alternando com o curta-metragem A fuga.


Corpo Papel é uma ação de body art do Coletivo Esfinge:
21 corpos tatuados com fragmentos de Sem Palavras

Dentro da mansão de arquitetura européia, construída em 1928, aconchego inabalável nas flores do campo providenciadas por Lia Rodrigues e sua equipe de produção. Lembrei-me: a pele da Nega é um campo de alfazema. Estava tudo certo.

Outras três ações do Coletivo Esfinge estiveram ali comentadas: a série de performances A Fuga, representada pelo bailarino Gustavo Barros, e o espetáculo de dança Nega Lilu, a partir da performance da intérprete Flora Maria. Também levamos para São Paulo seis mantras (after Rodrigo Ungarelli), entre eles, peças audiovisuais criadas pelos artistas goianos, Ronan Gonçalves (ROGO) e Flávio Yoshida, além de vídeo-dança assinado pelo mineiro José Villaça.

Flora Maria apresenta o solo Retalhos de Cetim, coreografado por Valeska Gonçalves
para o espetáculo Nega Lilu


O bailarino Gustavo Barros integrou o projeto performático A Fuga, coordenado por Lara Vaz

Cumprindo caprichosamente o praxe, li parte do grande parágrafo do Capítulo III do conto Sem Palavras, contido no romance. Apresentei brevemente o trabalho de forma contextualizada para que as pessoas presentes compreendessem que em minhas mãos havia mais do que um livro, mais do que a coleção de sutilezas de Larissa e Valentina, de Laura e Brisa, de Angelina e Gabriela, de Nega e Lilu, porque a história está sendo transformada pelo leitor, neste exato momento.







Tenho cumprido uma agenda de lançamentos que, depois de Goiânia, me levou a Brasília, Porto Alegre e Londrina, cidades que têm relações com o livro, compondo diretamente o espaço/tempo das personagens, ou se conectando com conteúdos (ready-mades) referenciados na obra. Este é também o caso de São Paulo.


Com o amigo e jornalista Ademar de Queiroz

A jornalista e editora Caren Inoe (Leya Editora) também prestigiou o lançamento


Sara Correia e Patrícia Gil (Pagu) da Boaventura Comunicação


Fechando a programação, na companhia de amigos queridos de longa data e de anônimo público dançante interessado em literatura, a banda Mustache & os Apaches tocou o hit NegaLilu e outras canções surpreendentes que têm conquistado gente de todo tipo, em todo lugar e a qualquer hora.








A banda Mustache & e os Apaches se inspira nas legendárias jugbands



Por fim, meu coração selvagem aquecido não deixa dúvidas de que todo agradecimento será insuficiente para demonstrar a gratidão pelo apoio de todos que tornaram possível mais esta missão cumprida.


  
Fotos: Paulo Peixoto/Brutal Estúdio



Vídeo-reportagem publicada pelo portal Arrazou (SP)

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