Sem Palavras: 26 jun 2010 - 2h23

terça-feira, junho 26, 2012

Virgínia Woolf
de          Laura Passing <negadeneve@gmail.com>
para       Brisa Marin <lilucajuina@gmail.com>
data       26 de junho de 2010 2:23
assunto               Virgínia Woolf
enviado por       gmail.com

Querida,
Dia bonito hoje.
Evento bem-sucedido. Presença do Embaixador do Brasil na Colômbia, com cumprimentos rasgados.
De volta ao hotel, papo-cabeça com o pessoal e a conversa desembocou em Virgínia Woolf. Sem dúvida, ela é uma das figuras mais emblemáticas e geniais que, por sua complexidade, para alguns pode até ficar à sombra da enfermidade e, apesar de escritora reconhecida, ser reduzida a uma criatura deprimida. Cheguei um pouquinho mais perto dela hoje. Ainda estou longe de compreendê-la, mas a minha curiosidade já estabelece o contato que preciso para buscá-la em sua literatura.
Diz o livro que estou lendo que a base de toda a subjetividade de Virgínia Woolf está no entendimento da vida como ela realmente é. Isso não é maravilhoso? Isso pode ser mesmo perigoso... O texto não chega a defender o suicídio, mas argumenta que “a morte deliberada merece de nós uma revisão”, na perspectiva de que ela não seja um ato desesperado – que desesperada é a vida.
Falamos também sobre Jackie Du Pré.
Mas antes de todas essas coisas bonitas que se sucederam, saí para comprar umas lembrancinhas. Deve ser coisa da idade (média) mesmo: senti tanto prazer nisso. E fiz tudo bem devagar. Foi tão bom, meu bem...
É espantoso como o funcionamento de minhas coisas tem mudado. No momento tento descobrir quem sou eu nesta edição, uma tentativa de dominar o timão.
Já disse hoje que te adoro?
Beijos pré-colombianos cheios de vontade de te tocar o corpo inteiro (ou não) muito em breve.
Criollita de Monserrate


PS: na manhã de sábado vamos visitar a Igreja de Sal, a 100 quilômetros de Bogotá. Volto até 15h (hora de BSB: 17 horas).

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