Sem Palavras: 28 jun 2010 - 12h29
quinta-feira, junho 28, 2012
Simón, Maria Teresa e Manuelita
de Laura
Passing <negadeneve@gmail.com>
para Brisa
Marin <lilucajuina@gmail.com>
data 28
de junho de 2010 12:29
assunto Simón,
Maria Teresa e Manuelita
enviado por gmail.com
Querida,
Antes de regressar (palavra que é tão
utilizada pelo povo daqui), gostaria de te contar uma das histórias mais
românticas que já ouvi. Inicialmente, acreditei que fosse um projeto mórbido,
mas conhecendo um pouco mais da história de Simón Bolívar, o Libertador,
cheguei à conclusão de que, sendo ele um “apaixonado”, eu deveria estar
equivocada em meu pré-julgamento.
“Juro pelo amor do Deus de meus país. Juro
por eles. Juro pela minha honra e juro pela minha pátria que não darei descanso
a meu braço, nem repouso a minha alma, até que haja rompido as correntes que
nos oprimem por vontade do poder espanhol!” Bolívar teria levado este juramento
a sério demais? Creio que sim! Ninguém provocaria uma revolução sem absoluto
envolvimento.
Tudo começou quando o garoto tinha 20
anos, idade em que ouviu o chamado. E assim ele coordenou campanhas militares
na Colômbia, Venezuela, Equador, Peru e Bolívia que culminaram na independência
destes países nossos hermanos. Sua ruína, vinte anos depois, se
iniciaria quando passasse a se concentrar na união das nações latino-americanas
e (pasme!) na luta por justiça social.
A precocidade era uma marca registrada de
Bolívar, um exagerado nato do meu ponto de vista. Nasceu na Venezuela, perdeu
pai aos 3 e mãe aos 9. Para concluir seus estudos, aos 15 foi enviado para
Madri, onde conheceu Maria Teresa Toro, com quem se casou aos 19. Retornaram
juntos a Caracas, onde Simón se dedicaria exclusivamente aos negócios da
família, mas 10 meses depois perdeu a esposa para a febre amarela. Maria Teresa
foi sepultada na Bolívia. Diz a história que Bolívar decidiu nunca mais se
casar e buscou na luta pela independência de seu país uma rota de colisão com o
destino. E foi durante sua trajetória revolucionária que conheceu Manuela
Sáenz, também militante, seu grande amor.
Na comemoração conjunta do bicentenário de
independência desses países gratos ao Libertador, após 208 anos de separação,
Simón e Manuelita se encontrarão no mês de junho. Seus restos mortais viajam,
no momento, simultaneamente, passando Bolívia adentro para se encontrarem
novamente na Venezuela.
Algo latino.
Nega
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