Sem plenitude (ou Refluxo de pensamento - Parte 2)

sexta-feira, setembro 13, 2013

Seria difícil pra mim convencer Eliza Lande de que a plenitude existe. Porque também não acredito nisso, no momento. No entanto, aprendi com Lucia Facco que postura cética nunca deve destruir sonhos. No máximo, pode influenciar reflexões, o que não salva nada, nem ninguém, sem Trabalho. Também não pode fazer nada por personagens de ficção, como Laura Passing − protagonista do romance literário Sem Palavras −, porque manteve contato com o Amor e quis não viver mais sem ele.

Mas entenda, Eliza, que o fato do livro tratar sobre a busca da plenitude não aposta na existência dela. O que existe é uma tentativa de registrar manifestação de Amor neste momento ausente de fé, crítico da mudança de estado físico, em que mais se nega afetividade do que se assume taquicardia, no encontro desejado.

Dessa forma, sem que haja uma palavra confessa, existe nesta obra a vontade exposta da Nega de alcançar a saciedade, a medida suficiente, harmonizante do excesso e da escassez. No entanto, errática diante do indubitável, ela acaba por sublimar o transbordamento.

E já faz um tempo, numa conversa com Valentina Prado, confessei que, se hoje eu fosse reescrever o conto que está dentro de Sem Palavras, teríamos uma história mais perene, menos apegada, valorizante do entendimento de Lilu acerca do Amor, apenas compreensiva do que sentiu a Nega.  


Você que está lendo este post, pode entender melhor o que estou dizendo se tiver este livro em suas mãos. 

Leia também: http://www.negalilu.blogspot.com.br/2013/09/refluxo-de-pensamento-parte-1.html 

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