Desafio à inevitabilidade

domingo, janeiro 23, 2011

Percebeu a busca por solidão serena e me perguntou se Nega e Lilu ainda estavam juntas.
Respondi ao amigo que não. Nos encontramos apenas esporadicamente.
— Como amantes? Isso é dramático... Cada encontro pode ser o último.
(E me lembrei que ainda precisava fazer justiça à Manuelita Sáenz.)

O comentário ficou registrado porque apontava com frieza para a previsibilidade daquela situação na qual eu havia me metido. Mas favas contadas não existem. O que ninguém soube é que, atenta à clássica movimentação dos amantes, venho conseguindo manter integridade que me garanta distanciamento de arquétipos. A fé na coerência me orientou.

A ausência de Lilu me afetava e a minha presença a transformava.

Tão bom ter notícias suas, Lilu... Beijo guardado.

Nega


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