Música de hoje pra você (em 21 de novembro de 2010)
terça-feira, janeiro 04, 2011Adriana Calcanhotto em Canção sem seu nome soa tão presságica quanto a canção Pelo tempo que durar (também de Adriana Calcanhotto e Marisa Monte, para minha surpresa). Curioso é perceber que a primeira surge na trilha sonora de Nega e Lilu (Parte 1) sem aparentemente pertencer a ela. E a outra, primeira a ser apresentada por Lilu à Nega, leva tempo para integrar-se à trilha (por questões técnico-emocionais) e encontra lugar na Parte 2, com participação enigmática no encerramento.
Canção sem seu nome sempre foi pra mim um motivo para voltar ao Brasil ‒ e eu estava vivendo em Londres. Quando te conheci, achei que tivesse encontrado alguém que merecesse tal canção. Ainda que ela não significasse imediatamente. Mas as coisas poderosas na vida da gente são assim, antecipam seu tempo e preenchem espaço ocupado, transbordando, arrebentando, escoando sem encontrar represamento.
Segue pra você, Lilu, uma linda canção, dedicada há muito tempo...
Canção sem seu nome
(Adriana Calcanhotto)
Eu vi você atravessar a rua
Molhando a sombra na água
Eu vi você parar a lagoa
Parada
Você atravessou a rua
Na direção oposta
Pisando nas poças
Pisando na lua
E a poesia ali me deu as costas
E pra que palavras
Se eu não sei usá-las
Cadê a palavra que traga você daquela calçada
Você atravessou a rua
Na direção contrária
E a poesia que meu olho molhava ali
Quem sabe não me caiba
Quem saiba seja sua
Ali atravessando a chuva
Toda lagoa parada
Você na direção errada
E eu na sua
Como fruta do conde
Um rio correndo pra foz
É como se a correnteza
Fosse parada
E tudo, mais tudo, mais tudo,
Fosse igual a nada
http://www.4shared.com/get/1yrFjy-b/02_-_Bel_Veloso_-_Cano_Sem_Seu.html
Molhando a sombra na água
Eu vi você parar a lagoa
Parada
Você atravessou a rua
Na direção oposta
Pisando nas poças
Pisando na lua
E a poesia ali me deu as costas
E pra que palavras
Se eu não sei usá-las
Cadê a palavra que traga você daquela calçada
Você atravessou a rua
Na direção contrária
E a poesia que meu olho molhava ali
Quem sabe não me caiba
Quem saiba seja sua
Ali atravessando a chuva
Toda lagoa parada
Você na direção errada
E eu na sua
Como fruta do conde
Um rio correndo pra foz
É como se a correnteza
Fosse parada
E tudo, mais tudo, mais tudo,
Fosse igual a nada
http://www.4shared.com/get/1yrFjy-b/02_-_Bel_Veloso_-_Cano_Sem_Seu.html
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