Silêncio como expressão

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Naquela noite de novembro, a gente buscava uma maneira de começar a produção conjunta do capítulo três de Sem palavras. Que abusado esse conto. Todo mundo sabe que conto não tem capítulo. Conto é conto, é curto, não pode se delongar senão vira novela. Mas Sem palavras nunca teve cabimento, demonstrou atrevimento desde a primeira frase escrita e ainda achou um jeito de se instalar dentro de um romance!

Lilu havia proposto o positivismo como método. Todo o trabalho deveria ser conduzido a partir de experimentação. Concordei porque depois de ter escrito dois capítulos já me faltava argumento para continuar a história e porque queria beijar muito aquele pescocinho.

A gente teclando ali, pela primeira vez, ainda sem saber como se daria a colaboração. Como aquilo era excitante.

Me lembro que ela sugeriu iniciar com um diálogo. Tudo bem.
Clássico? Pop?

Achei que não era pra ser daquele jeito e que seria melhor recomeçar. E foi se colocando à minha disposição é que Lilu surgiu com o texto inaugural da nova fase de produção: Sou sua. Escreveu, me fazendo silenciar.


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