Confirmação da hipótese 6 sobre Lilu

segunda-feira, março 28, 2011

Marquei um chá com Lilu. Fiquei curiosa pra saber a causa de sua curiosidade sobre mim, porque minhas histórias não seriam razão suficiente para isso. Saudade também não, afinal, essas coisas que doem no peito da gente doem no peito de Lilu, mas passam com rapidez. Com frieza instalada entre nós afinal, dois meses longe dela é eternidade imaginei um encontro cuja formalidade seria eventualmente quebrada por algum comentário íntimo que não fosse feito por mim, seguido da retomada de formalidades, a especialidade da casa.
 
Alguns quilos mais magra, vesti calça jeans a fim de não compartilhar minha tatoo. O novo texto gravado na panturrilha esquerda poderia parecer depressivo ainda que não houvesse mais oportunidade para subjetividades inconvenientes, lágrimas e escrita literária. Um abraço carinhoso deu o tom da conversa. Nem formal, nem íntima. Algo casual-fake. Ela perguntava e eu respondia e ela perguntava de novo. Eu respondia. Família, trabalho, rotinas, amenidades como aquelas que os políticos conversam nas ante-salas.

Toca o telefone e Lilu salta sobre ele. Não te liguei no domingo porque não combinamos, mas pensei muito em você. Queria dizer que te adoro.

Falou também sobre gaivota no ar, mergulho de mar, lembrança que molha, estreias.

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