O céu de Nina

domingo, abril 24, 2011

A energia daqueles que enfrentam temores com bravura corria nas veias de Nina, em dose única e intransferível. Administrar tensão, respirar, permitir a circulação do mix de emoções, vibrar, respirar, sentir prazer. Somente a ela pertencia aquele momento. Mas desta vez não estava sozinha com o silêncio, seu velho companheiro. Havia a respeitosa convivência com Laura, para quem nada seria como antes desde que teve sua vida atravessada por Brisa, com quem aprendeu a dar passagem ao novíssimo, como o que se anunciava no quarto à meia luz.
A despeito de ter confessado o desejo, Nina não havia estado com mulheres. Aquele beijo era vocacionado, inevitável e precipitou-se nos braços da Nega. Que bom que foi você, cochichou no ouvido da amiga que ordenou: tire o cinto.   
Quando a nuvem de dúvidas se esvaiu, Laura teve acesso à lúdica constelação que Nina leva no corpo e à bunda sensacional que a garota mantinha disfarçada. Seios róseos pequenos receptivos aos carinhos da Nega e a flor mais harmônica já vista e experimentada. Combinaram descanso de hora e meia, mas entre cochilos surpreendiam uma a outra observando a cena do encontro que seria o primeiro. Laura organizava reaninhamento pela milésima vez quanto soou o despertador.    
Deixa tocar! Sugeriu Nina.

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