Passado perfeito

quarta-feira, abril 13, 2011

Para alguns, o tempo verbal no conto Sem Palavras pode parecer uma questão mal resolvida ao invés de estilística. O mesmo serve para a migração da narrativa em terceira para a primeira pessoa, estabelecendo dois níveis inconscientes de interlocução: a onipresença distante do narrador em relação ao leitor e a proximidade do diálogo entre personagens, quando a Nega assume o papel de quem conta as memórias.
Foco e desfoco, presença e ausência, aquecimento e congelamento na relação conhecida, estimulando fragmentação e fusão, fusão e fragmentação à medida que a paixão que as une também separa Lilu da Nega.
Na terceira intervenção urbana da ação Mensagem na garrafa, em Frankfurt, na Alemanha, o conto compartilha a sensacional descoberta que a Nega fez no presente soando a passado.

Somente aqui e apenas amanhã.



You Might Also Like

0 comentários

Subscribe