Variações sobre Clark Kent na cabine telefônica

segunda-feira, agosto 01, 2011

Quem tem um fake tem trabalho dobrado. Fico imaginando quem tem um harém fake com cinco ou seis esposas indianas. Ah! Isso não é vida. O entra em perfil e sai de perfil pra entrar de novo não tem fim. Ainda mais se o sujeito resolve falar com as esposas e as esposas responderem a ele. É conversa pra mil e uma noites de trampo.

No Facebook, eu tenho apenas duas contas: a minha e a da Nega. Como temos alguns amigos comuns, dia desses fiquei pensando se o fato de sair de minha conta pessoal e logar, em seguida, na conta fake não deixaria um rastro de pistas para que a minha verdadeira identidade fosse revelada.

Que bobagem, pensei, por que alguém prestaria atenção na minha movimentação e na relação que ela aparenta ter com a movimentação da Nega, sendo as redes tão entupidas de amigos desconhecidos? Também ponderei: Não deve existir ainda maluco que se ocupe de monitorar esse vaivém, mais comum do que a gente imagina, pra chantagear, estorquir grana. (mas que boa ideia! rs)

De qualquer forma, quando pintou a paranóia ‒ e fiquei atenta àquelas pessoas que poderiam, eventualmente, notar a chegada da Nega logo após a minha saída ‒ percebi que, se eu troco rapidinho de conta, ao entrar com outro perfil dou de cara comigo mesma (ou com o fake) e com aquela bolinha verde ainda acesa, criando ilusões. Pois nesse dia... na pele da Nega, me vi e decidi tentar um primeiro contato com meu self. Respirei. Chamei a mim mesma para um bate papo. Mas instantaneamente fiquei indisponível.  

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3 comentários

  1. Cuidado! Um dia desses você pode se deparar com seu fake dobrando uma esquina e dando de cara com você.

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  2. Eu diria a ela: tá livre pra um açaí? (pra começo de conversa)

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