Para não esquecer

sexta-feira, julho 29, 2011

O surto de energia criativa durou o tempo de escuta do álbum Automatic for the People (R.E.M) por duas vezes, com múltiplas execuções das três canções que fazem a Nega chorar. Especialmente em Try not to breathe, mãos fortemente espalmadas sobre as coxas, buscando chão.


As lágrimas que caíram com os olhos bem abertos foram colhidas no peito. A lucidez provocou o choro contínuo no encontro com o belo e depois de um tempo, a limitação dos músculos faciais impedidos de se expressar pelos rastros calcificantes de sal. No espelho nem se via: não havia nada ou já havia passado.

Então vasculhou Darth Vader antes de conhecer o Mau, desenhou em pensamento uma coleção inteira de camisetas para românticos, recordou-se da paisagem noturna transformada por delírios etílico-lacrimais e, a fim de dormir, recolheu a sensação de vulnerabilidade diante do movimento de desocupação para dentro da Caixa da Nega.

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1 comentários

  1. Oi Nega,
    poder falar assim, é delinear um traço de beleza no infortúnio - demasiadamente humano. Merci, A.

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