O mantra (a origem) – Parte 2

terça-feira, fevereiro 07, 2012


A canção emblemática composta pela autora de Sem Palavras lembra, em sua versão original, uma ladainha africana proferida enquanto o sol se põe. Ganhou materialização, saindo da literatura para a dança. É no espetáculo Nega Lilu, coreografado por Valeska Gonçalves, que o intérprete Lucas Sharaya apresenta a primeira versão cover do mantra.

A Cappella, o jovem cantor evoca uma presença. Na penumbra, sob único foco de luz, toda a respiração é música, e o silêncio não traz constrangimentos. Ele chama, chama, clama, à medida que instala tensão na plateia, que é por inteiro Nega de Neve, a se perguntar: Ela vem?

Estimulado pela leitura do blog, o estudante de Direito, Rodrigo Ungarelli, manteve contato com o espetáculo de Dança pela internet e acabou invadido pela música. Diariamente, acordava e abria a janela do quarto, despertava os sentidos repetindo monotonamente do jeito dele o verso único para o limoeiro.

A autora tomou conhecimento da rotina do jovem leitor pelo Facebook. Soube ainda que, em certos dias a cantoria era tão vibrante que o bairro já começava a se contagiar. Liluuuuuu, Liluuuuuu, Liluuuuuuuu-uuu, Lilu, Lilu... Mais recentemente, Ungarelli abordou Nega Lilu pra contar que havia estado num lugar onde todos cantavam o mantra. E resolveram tomar um café.

Os vídeos, gravados de forma espontânea, difundem o mantra que a Nega cantou um dia para chamar Lilu, sua amada. Disseminado pelas mídias sociais, incluindo Twitter e Orkut, além do Youtube e do Facebook, a romântica canção compartilhada agora invade corações e mentes em dimensão ampliada, desde ontem. A esta altura, já é muita gente e bicho chamando.

Lilu poderá responder a qualquer momento. 




Intérprete: Lucas Sharaya. Foto: Lu Barcelos


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