Coletivo Esfinge

domingo, janeiro 22, 2012

Quando tomou contato com as diversas frentes de atuação do Projeto Esfinge, que comenta, transforma e difunde o conto Sem Palavras, a bailarina Karime Nivoloni trouxe pra mim uma reflexão e também uma síntese: “Um coletivo de ações e obras artísticas que têm uma única fonte inspiradora”, definiu ela. Eu estava no supermercado quando recebi aquela mensagem e, na sessão de produtos para higiene, balancei a cabeça confirmando.  

Fiquei por ali um pouco mais e não havia a recorrente sensação de perda de tempo. Era algo importante acontecendo e eu precisava pensar naquilo, somente naquilo, pensar numa coisa só, para fazer o devido registro do que havia ocorrido e também porque eu desejava escrever sobre aquele instante.


Após a realização do happening Corpo Papel, chegou o dia em que devo declarar que sempre vale a pena compartilhar ideias com esta intérprete-criadora, perspicaz e de raro senso de humor, por tantos motivos e porque foi ela quem identificou, rapidamente, uma qualidade importante ‒ e até então não mencionada ‒ do trabalho que já estava em curso e ganharia dimensão imprevisível.


Sim. Éramos um coletivo. Sempre fomos.


Tudo começa com um texto escrito por mim e um desejo latente (dentro de mim, como o saci que habita o baixo ventre de Laura Passing), mas nunca avançou somente na minha companhia. Sem Palavras é um conto cercado de pessoas escolhidas, talentosas, doadoras de si, que se articulam confortavelmente numa rede que vem sendo tecida com generosidade e maestria. Rola uma paz e também satisfação pessoal e profissional, com reconhecimento do público, dos agentes financiadores, da imprensa. 
Quanto à segunda reflexão trazida na definição feita por Karime Nivoloni do antigo Projeto Esfinge hoje Coletivo Esfinge ‒, fica para um post futuro, mais apropriado para a discussão sobre liberdade e clausura.

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